Sais - Tipos e Diferenças
Já reparou que a cada vez que você vai à prateleira de sal no mercado, surge um produto novo? É um sal diferente a cada semana, seja ele iodado, do himalaia, marinho ou outro.
Mas você sabe qual a diferença entre eles? Todos são indicados à população em geral ou há alguma restrição?
Bom, primeiro vamos falar um pouquinho do componente mais polêmico do sal: o sódio.
Ele é um nutriente essencial ao organismo, pois na medida certa pode auxiliar na contração muscular, participar do fornecimento de energia, ter papel importante nos impulsos nervosos, dentre outros. Mas quando consumido em excesso, pode causar dentre outros problemas: hipertensão, doenças cardíacas, problemas ósseos, doenças renais e AVC.
Segundo a OMS, o consumo por pessoa recomendado desse nutriente é de menos de 2g por dia. Entretanto, estima-se que a população brasileira tenha o consumo médio de 4,8g! Ou seja, ingerimos mais que o dobro do recomendado.
Por isso, há estratégias para reduzir o consumo de sódio na alimentação.
Como a principal fonte desse nutriente é o sal, podemos fazer uso de diferentes tipos desse produto.
Abaixo explico resumidamente as diferenças entre os principais sais utilizados atualmente:
SAL REFINADO
Mais utilizado na culinária. Composto por Cloreto e Sódio.
Passa pelo processo de refinamento com a adição de substâncias químicas que ajudam a deixá-lo mais branco e soltinho e, com isso perde suas propriedades nutritivas.
Como perde-se o iodo no processo de refinamento, por lei é necessário acrescentar uma certa quantidade desse nutriente em sua composição a fim de evitar o bócio.
Tem 40% de sódio.
SAL LIGHT
O sal light apresenta baixíssimo teor de sódio (menos de 20%) em sua composição, mas isso porque ele é 50% cloreto de sódio e 50% cloreto de potássio, ou seja, uma porção de sódio foi substituída por potássio. Assim, embora ele seja indicado pra quem tenha pressão alta, é contra indicado pra aqueles que têm doença renal, pois pode agravar seu quadro clínico.
SAL MARINHO
Por ser raspado manualmente da superfície de lagos de evaporação é mais caro do que o sal de cozinha, e não sofrendo nenhum processo de refinamento e branqueamento, preserva mais os sais minerais. Pode ser grosso, fino ou em flocos e apresenta-se de várias cores.
Contém 42% de sódio.
SAL ROSA DO HIMALAIA
Apresenta mais e 80 nutrientes, dentre eles cálcio, magnésio, potássio, cobre e ferro. Devido a esses compostos, os cristais ganham um tom rosado e um sabor com toque metálico agradável e suave.
É muito indicado por apresentar baixo teor de sódio e ser o mais rico em nutrientes.
Apresenta 23% de sódio.
Dessa forma, é importante verificar que cada sal tem sua especificidade, sendo mais rico em um nutriente que outro, mas nem sempre indicado para todas as pessoas.
Há uma variedade muito maior de sal e para ter acesso a maiores informações e saber qual o ideal para você, procure um nutricionista e/ou médico.
É importante também lembrar que, mesmo trocando o sal refinado por outro que contenha menor teor de sódio, ele não deve ser usado "a mais" para salgar, já que o intuito é diminuir a quantidade do nutriente na alimentação.
De qualquer forma, é mais indicado cozinhar os alimentos com pouca quantidade de sal e adicionar ervas finas, orégano, manjericão, alecrim, salsinha, cebolinha, alho e cebola para deixar as preparações mais saborosas e saudáveis.
